terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Pintura espelhada sem verniz: O autobrilho

Olá meus amigos!

Hoje iremos falar de pintura brilhante, sem verniz.

Parece que toda vez que abordamos um tema, mais e mais dúvidas aparecem sobre o mesmo tema. Pintou uma duvida esses dias sobre pintura brilhante, efeito espelhado e tudo mais. Hoje eu irei provar que é possivel fazer uma pintura de acabamento espelhado sem o uso de verniz. Não, não estou fazendo campanha contra uso de verniz não... pelo contrário, quem viu a vídeo aula de pintura de carroceria viu eu usando e abusando do verniz. Esse ensinamento é para o uso circunstancial, para atender necessidades especificas como efeitos cromados e etc... Ou então, para o uso combinado com verniz, para um efeito de pintura realmente superior.  


Começamos com a escolha da tinta. A escolha certa da tinta é fundamental. Não estou falando da tinta ser boa ou ruim. Estou falando da tinta possuir uma "natureza" brilhante. Para alcançar esse tipo de efeito na pintura, você necessariamente precisa usar uma tinta de auto brilho, e mesmo essa tinta não pode ter agentes fosqueantes. como assim? Simples, eu explico: Vc precisa usar tintas que fiquem brilhantes por si só, como duco automotivo, esmaltes sintéticos ou acrílicos automotivos. Por mais que seja legal trabalhar com vallejo, tamiya ou poliesters automotivos, essas tintas possuem pigmentos mais grossos ou processo de aglutinação durante a secagem, que impede elas de terem o tal do autobrilho (para essas tintas, o efeito espelhado é necessário o verniz). Mesmo escolhendo o tipo de tinta certo, é preciso escolher a cor certa também. Cores foscas não geram o autobrilho. Para tutorial, é logico, usaremos a parceira do Blog, as tintas pr-color, feitas em laca duco automotiva, e a cor, preto brilhante.



 Separei algumas peças para servir de cobaia. Repare que todas possuem curvatura. Você ja reparou que fabricantes de tintas gostam de pintar o verso de colheres de plastico para demonstrarem suas tintas? Isso não é por acaso. Superfícies curvas e concavas aderem melhor as tintas brilhantes, resultando num efeito mais uniforme e reluzente. Eu também vou usar desse truque ao meu favor, mas pelo menos eu estou sendo honesto com vocês.  Na prática, é muito mais fácil pintar um kit redondo, como um fusca, que um kit "retão", tipo um mustang.

Importante se for usar duco como eu irei é aplicar uma mão super fina e delicada de primer. Não pode haver textura no primer para que não haja interferência no resultado final (para esse efeito em especifico) 


tinta sem thinner
Um dos grandes pulo do gato nesse efeito é a diluição. A tinta precisa ser mito diluída. E diluída com com diluentes forte de de qualidade. Como o thinner (o usado no tutorial é o tempo 3001). Tintas diluídas a água, álcool, vidrex e etc não chegam nesse nível de autobrilho, pois o diluente forte ajuda a acomodar e alinhas as partículas de tinta com regularidade. 
tinta com thinner
Utilizei nesse tutorial uma proporção de 1 parte de tinta para 2 de thinner. bastante exagerado mesmo, levando em consideração que as tintas pr-colors já veem com uma pré diluição. 


 Pode não parecer, mas essas peças já receberam uma mão de tinta. É isso mesmo, um dos segredos do autobrilho de uma tinta. Mãos muito, muito finas de de tintas. estamos falando de 6, 7, até 10 mãos de tintas super ralas... Com alguns minutinhos entre elas, não muito, tal quantidade de tinta não carece de muito tempo de secagem. Recomendo de dois a dez minutos entre as mão de tinta. (para quem teve coragem de aguentar os 50 min da video aula de pintura de carroceria, isso é muito parecido com aquela "meia" mão de tinta que eu me refiro no filme)

 Mais uma mão de tinta


Mais umas...



Muitas mãos depois, a cor começa a ficar sólida, e o autobrilho aparece.

 A partir do momento em que a cor ganha solidez, você pode pensar em corrigir alguma ruga da pintura com polimento, com lixas muito muito finas, ou com massa de polimento mesmo (massa no 2 de carro ou as famosas e maravilhosas compound da tamiya). Lembre-se que se vc usar massa na pintura, e precisar mais mão de tinta, lave a peça para tirar o óleo da massa de modelar.





 Vejam o nível de brilho que é possível alcançar , somente escolhendo os materiais certos, e com muito carinho e paciência. A partir desse momento, se quiser usar vernizes brilhantes e depois polimento, fique a vontade. Apesar de uma aplicação delicada, depois de seca essa pintura fica bastante resistente a qualquer tipo de sofrimento que ela possa se deparar. Superfícies assim também são ótimas para assentar decais sem o uso do verniz brilhante, e para efeitos de washed também.

Mais um tabú quebrado.... Vamos encerrando por aqui. Aproveito para desejar a todos boas festas, e um 2016 de muitas felicidades e muitos kits, com a ajuda do Chiquito aqui.

Um forte abraço a todos, e até a próxima.

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Até a próxima





quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

vídeo-aula de pintura de carroceria e superfícies metálicas para plastimodelismo

Saudações amigos!!!


O tema dessa aula é sobre como pintar uma carroceria de um carro visando o brilho. Tambem vou ensinar nessa aula uso de cores metálicas para uso geral, carros, aviões e etc...

é sempre uma dificuldade para os iniciantes no automodelismo buscarem aquela pintura bem brilhante. Nesse vídeo, ensinarei todos os truques e materiais necessários. É preciso pensar como um funileiro mesmo para chegar na tão sonhada "maçã do amor"

E de quebra, utilizei muitas cores metálicas nesse vídeo, já no intuito de matar algumas dúvidas sobre superfícies metalizadas.

vale a pena conferir.


Narração e montagem: Bruno "Chiquito" Cascapera

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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Faqs: Os principais problemas que um aerógrafo pode apresentar




 Estamos em uma época de aerógrafos baratos e acessíveis, de qualidade razoável, e nunca antes houve tanta gente aerografando por ai. Não falo só de kits, falo também de manicures, artesões diversos, grafiteiros, confeiteiros, funileiros, ilustradores e por ai vai...

Eu já trabalho a alguns anos com aerografia, com curso de aerografia para modelistas, e também com manutenção de aerógrafos, alem de possuir uma coleção interessante de aerógrafos. Minha experiência mostra que as pessoas cometem sempre os mesmo erros ao manusear essa ferramenta maravilhosa.

Por isso vou fazer um FAQ de aerografia, aquela série de perguntas e respostas rápidas sobre problemas de aerógrafo. Geralmente, bons aerógrafos, aqueles de grife, possuem um manual detalhado com um FAQ desses, matando todas as dúvidas. Mas esses aerógrafos chineses, os grandes responsáveis pela disseminação da aerografia pelo mundo, não o possuem. Por isso eu vou fazer um aqui, baseado em toda a experiencia que eu tenho do assunto. Vale para qualquer aerógrafo.



P: Meu aerógrafo é novo, funcionou duas vezes muito bem, na terceira parou?
R Seu aerógrafo está sujo, entupido de tanta sujeira. É necessário desentupir e efetuar a limpeza correta do aerógrafo.

P: Meu aerógrafo está duro, a agulha se movimenta com dificuldade, ou está travado.
R: Seu aerógrafo esta sujo. Anéis de acumulo de tinta na agulha geram essa falha. É necessário remover sua agulha e efetuar sua limpeza. Se o seu aerógrafo tiver um limitador de abertura da agulha na culatra, verifique se ele não está fechado.

P: Meu aerógrafo pulsa, mas meu compressor é de fluxo contínuo?
R: Seu aerógrafo está com problemas de vedação. Confira as partes vedadas e rosqueadas.

p: meu aerógrafo borbulha pelo copo de tinta?
R: Seu aerógrafo pode estar com problemas de vedação. Cheque as roscas e vedações dele. Ele também pode estar entupido parcialmente. Efetua a limpeza corretamente.

P: A válvula do meu aerógrafo esta dura, o fluxo de ar não fecha ou demora a retornar?
R: Sua válvula de ar pode precisar de um reaperto ou de uma lubrificação. Ou mesmo a válvula esta velha e gasto, necessitando ser trocada. Esse problema pode ser também sujeira na válvula, nesse caso, seu aerógrafo precisa ser limpo.

P: meu aerógrafo está fazendo um som muito agudo ao sair tinta?
R: você está utilizando tinta grossa demais, necessário acerto da diluição.

P: Meu aerógrafo solta fiapos de tinta como se fosse algodão doce?
R: você está utilizando tinta grossa demais, necessário acerto da diluição.

P: Meu aerógrafo goteja tinta durante a aplicação?
R: Seu aerógrafo pode estar com o bico ou agulha tortos, ou ambos, e será necessário substitui-los. Caso agulha e bico estejam ok, o problema pode ser a coroa torta. A coroa deve ser substituída ou removida. (cuidado ao trabalhar sem a coroa do aerógrafo, a agulha fica mito desprotegida) Em alguns casos, ele pode estar apenas muito sujo, efetue a limpeza correta.

P: Meu aerógrafo funciona corretamente, mas acumula tinta na coroa, até se tornar uma "gota" de tinta, e acaba espirrando no modelo?
R: Mesmo problema anterior. É necessário verificar se a coroa não está torta demais a ponto de prejudicar a performance. Agulha e bico podem estar danificados também a ponto de desviar o fluxo para a borda na coroa.

P: O fluxo do meu aerógrafo está torto?
R: Verifique se seu aerógrafo está devidamente limpo. Obstruções, tinta talhada ou pigmentos ressecados podem obstruir parcialmente o aerógrafo a ponto de desviar o fluxo.

P: O aerógrafo está limpo, mas o fluxo continua torto?
R: você pode estar com bico, agulha ou ambos danificados. Recomenda-se a substituição. Em alguns casos, danos na coroa podem entortar o fluxo também.

P: O aerógrafo está soltando água durante a pintura?
R: esse problema não é próprio do aerógrafo. Verifique seu compressor, filtro, mangueira e reservatórios.

P: Meu aerógrafo funciona, mas está soltando menos tinta que o comum?
R: Seu aerógrafo está sujo. Efetue a limpeza correta.

P: Compressor está devidamente ligado, mas não sai ar do aerógrafo, ou sai menos do que deveria?
R: Seu aerógrafo pode estar sujo. Efetue a limpeza corretamente. Se o problema persistir, pode haver problemas na válvula do aerógrafo ou obstrução pelos dutos de ar internos do aerógrafo.











conheça seu aerógrafo:

1- Coroa
2- Capa do bico
3- bico
4- Vedação da capa
5- Agulha
6- vedação da câmara do aerógrafo
7- Parafuso de fechamento da vedação da câmara
8- gatilho
9- Atuador
10- Apoio da guia da agulha
11- Guia da agulha (ou cão da agulha)
12- Mola de retorno da guia
13- Rosca ou Luva de encaixe da tampa da culatra
14- Garra da agulha
15- tampa da culatra
16- Trava de curso da agulha
17- Parafuso Limitador do Guia
18- Atuador da válvula
19- Vedação da entrada da válvula
20- Válvula de ar
21- bucha de fechamento da válvula
22- mola de retorno do fechamento do corpo central da válvula
23- corpo central da válvula
24- câmara de expansão da válvula
25- Nip ou Conector da mangueira
26- Rosca blocante do conector da mangueira.
27- Bico do conector da mangueira.



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Até a próxima



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Turorial: Muitas coisas que vc precisa aprender sobre dioramas!

Olá meus amigos.
no final deste tutorial, teremos esse diorama feito passo a passo.

Dioramas é sem dúvida uma das coisas mais legais de se fazer no plastimodelismo. Muita gente me procura perguntando algumas tecnicas, segredos, macetes, materiais a se usar e etc... Diorama possui muito segredos, mas pocas dificuldade. Com boa vontade e um pouco de pesquisa, é possível fazer trabalhos muito legais.

A principal dificuldade do modelista brasileiro é sempre a disponibilidade material. é sempre muito difícil e muito caro achar bons produtos para dioramas. Alguns lojistas de hobby muito bem intencionados, trazem alguns materiais de marcas como woodland scenics, jofix e prisler, e algumas ainda fracionam o material em embalagens menores para baratear. Acho muito válido, visto que, tomando como exemplo a woodland scenics, a marca vende embalagens com muito material, para grandes dioramas e maquetes de trem, e realmente para plastimodelismo não precisamos de tanto.

Mas a criação de dioramas é um exercício de criatividade e reaproveitamento de matérias. Neste tutorial irei mostrar uma mescla interessante de materiais próprios e reaproveitados.

Esse tutorial, irei fazer um pequeno diorama (pequeno mesmo, uns 5 cm aproximadamente) e irei mostrar coisas importantes como efeitos de madeira, vegetação rasteira, arvores de copa, ferrugem, terreno, grama, trepadeiras e mais algumas coisas.

Criação de pequenos dioramas como esse são um ótimo exercício de criatividade e aprendizado. Então recomendo que pratique em casa tentando reproduzir algo semelhante para praticar.



Vamos começar a confecção do diorama. Um dos principais motivos para o inicio desse projeto era ensinar efeitos de madeira e construção com madeira. O efeito de madeira é algo simples de fazer. A principal dificuldade é reproduzir a textura da madeira. Mas existe truques simples para fazer isso. Se você pretende construir em scracht algum construto de madeira, tipo uma cerca, uma porteira, uma mesa, uma casa... a primeira dica é tentar fabrica-la com madeira mesmo, para aproveitarmos a textura e a fibra natural da madeira. Essa madeira de pinho e eucalipto usado para palitos de sorvete resolvem bem esse problema. Mas também irei fazer uma tabua de madeira a partir de uma chapa de plastico estireno (famoso plasticard).  


 para fazer a textura da madeira em plastico, pegue uma lixa grossa, entre 80 e 200 de gramatura, e arranhe a superfície, passando a lixa em um único sentido, formando as linhas das texturas.
Só de passar a lixa o plastico já ganha uma textura muito interessante.
 para um efeito mais interessante, você pode usar um scriber ou estilente, e fazer um ou mais vincos na madeira.
Agora pintamos com uma cor de madeira. a escolha dessa cor é livre. Quase qualquer castanho ou marrom serve para fazer madeira. Essa cor será apenas uma base, depois faremos uma série de efeitos para chegarmos no resultado final.

 A cor escolhida foi o "madeira velha" da vallejo, uma cor de base muito bacana para um efeito de madeira envelhecida, ou seja, o nome da cor cumpre o que promete, rs... Importante é sempre pintar madeira com pincel. Evite o aerógrafo nesse estágio.









 Esse é o resultado parcial até o momento, vamos deixar essa tinta secar e vamos lidar com os outros itens do pequeno diorama.



Para esse diorama, também vou fazer uma uma cerca usando madeira mesmo. basta cortar as as ripas no tamanho e no formato desejado.















É sempre bom dar um trato nas ripas de madeira verdadeira para que elas entrem na escala, ficarem mais aredondadas.









Aos poucos a cerca vai ficando no formato que queremos. Mesmo utilizando madeira para fazer seu scracht, ainda é preciso fazer alguns efeitos de pintura para melhorar o aspecto de madeira.

Para darmos mais realidade a madeira, vamos tratá-la com tinta oleo, algo bem parecido com um washed, não deixa de ser.

a novidade aqui fica por conta da entrada do vermelho na composição da tinta. Importante aqui é não usar uma cor pronta, sempre misturar um marrom com um vermelho, para que eles se separem na madeira.






Esse processo realça os veios e vincos naturais da madeira e trazem o aspecto natural de nandeira na escala, e também tira o aspecto de pinho e eucalipto e dando um aspecto de madeira de maior qualidade.


Mas tire o excesso com m cotonete ou um pano, sempre no sentido dos veios da madeira.









esse é o resultado que se espera.






Com a madeira falsa, feita de plastico, o whased é o mesmo. Pode aplicar umas gotinhas sobre a superfície e espalhe bem essa tinta com um pincel macio. Não encharque a peça com tinta, coloque apenas um pouquinho, e espalhe ao máximo!






Esse é o resultado até agora. Bastante convincente.




Temos já dois elementos do nosso diorama. Vamos para um novo elemento.



Vamos começar a fazer um latão daqueles bem gastos e enferrujados. Existe muito material pronto em plastico e em resina para isso. Mas eu fiz questão de fazer um do zero, para mostrar que alguns detalhes simples não é necessário depender de material pronto, podemos improvisar e conseguir bons resultados. 
Nesse latão vou utilizar uma folha fina de cobre. Qualquer folha metalica fina pode ser utilizado, inclusive de embalagens de pasta de dente ou coisas parecidas.





Com uma ferramenta metalica e um pouco de força, vc consegue fazer dois vincos na folha metálica, em seguida enrole e cole. Eu utilizei um pincel mais gordinho para dar apoio e base para a colagem, os pregadores estão segurando o barril. Usei uma cola do tipo super bonder mesmo. Depois fiz um acabamento com lima mesmo. 





 Já temos os elementos principais (ou alguns deles) para da segimento ao projeto.



Agora, com os três elementos principais (falta a arvore ainda) , já podemos começar a esboçar a base. Irei usar isopor comum de papelaria, 25mm de espessura.

Dispor os elementos planejados para o diorama é uma ótima forma de planejar o tamanho e o formado da sua base. Com a ajuda de um cortador de isopor, dei um formato oblongo irregular. Sempre que possível, adote essa atitude para seus dioramas. É um recurso estético muito interessante

 Também corte o fundo da base com um pequeno angulo, para que a superfície da base não fique exatamente perpendicular, e sim ligeiramente inclinado, dando maior visibilidade ao projeto.







Vou começar a fazer o revestimento de terra. Existe no mercado uma porção de produtos muito bons que fazem um trabalhão, eu gosto muito por exemplo, daquelas pastas com textura da vallejo. Mas como eu prometi, vou tentar ser o mais versátil possível e usar coisas mais acessíveis, sem abrir mão da qualidade. Acho indispensável ter a mão esses três produtos ai. O tradicional Modeling Paste, ou pasta de modelagem, aquele mesmo que por anos foi a principal opção de putty para nossos modelos. Esse material é indispensável, e as marcas nacionais vendem ele a preços bem razoáveis, então bora comprar. O mesmo serve para essas tintas acrílicas de potões. Muito útil. O terceiro elemento é terra.   

 Sim, terra! Do seu jardim, do seu vaso. Colete sua terra, de preferência com peneira, e pegue terra bem sequinha.
 Vamos começar o processo, uma mistura que será toda a base de terra do diorama.

Acrescente pasta de modelagem. Deixe a consistência grossa e bem texturizada.

Você acrescentar a essa mistura tintas acrílicas para alcançar tons de terra diferentes. Nesse diorama eu vou fazer uma terra bem esgura, mas depois eu vou clarear de uma forma simples.
Espalhe com uma espatula sobre a superfície da base de isopor.
Com um pincel grande, eu vou batendo na massa com a ponta do pincel para acertar a textura no ponto que eu quero
Enquanto a massa de modelar com terra não seca, e de fato essa massa demora mais de um dia para secar, eu polvilhei um pouco mais de terra por cima para acertar o tom da cor da terra. Se vc precisar fazer isso com a massa já seca, aplica uma camada fina de cola branca sob a massa. 

Essa massa que criamos é muito maleável enquanto não seca completamente. Por isso aproveito para espetar os objetos que quero acrescentar na base. É o caso da cerca.
Vamos preparar alguns efeitos de musgo e fungos na madeira. Para isso, recomendável sempre utilizar tintas óleos, pela macies e secagem demorada. Para esse efeito, vamos usar tons de verdes diferentes.



Coloco umas gotinhas de tinta na base da cerca, e com um pincel macio de boa qualidade, eu vou esticar ao máximo essa tinta. 

Caso carregue demais na tinta, um cotonete pode ajudar a remover o excesso de tinta.

Vou repetir o processo com um verde mais escuro. Vou tentar não cobrir toda a cor de baixo, para que haja o efeito do degradê

 Estiquei bem a tinta, mas ainda vou tira o excesso com um cotonete para tornar o efeito mais sútil.
esse é efeito desejado. Essa madeira ainda sofrerá mais um envelhecimento

 Vou pegar uma cor acrilica bem clarinha, pode ser branco mesmo, e vou fazer um drybrush na madeira , visando as pontas, para dar um aspecto de envelhecimento.
 Paras quem não conhece o drybrush, é um processo em que se usa um pincel chato de cerdas duras, molha bem esse pincel na tinta, e na sequencia, seca bem ele num papel ou num pano, limpando quase que completamente, para depois esfregar sobre as peças. Essa é uma técnica muito importante para todas as vertentes do plastimodelismo.
Vou mirar nas pontas da cerca, mas nada impede de fazer um pouquinho sobre a base, até mesmo sobre o efeito em verde.

e a cerca fica assim.

 assim como o whased, o mesmo drybrush da cerca pode ser repetido na nossa tabua de madeira falsa.
Até agora, o nosso diorama está assim. Mais para frente, iremos voltar a essas madeiras e fazer mais alguns efeitos.
 Vou fazer a primeira vegetação do diorama. Vou fazer a grama alta. Para isso vou utilizar crina de cavalo. Essa em especifico é da marca woodland scenics, mas crina de cavalo é mais fácil de se achar do que se imagina. A marca nacional de artigos de papelaria Trident vende uma escova de limpar a mesa, bem baratinha, feita de crina de cavalo. Uma dessas pode fornecer grama pra você por um bom tempo. E não só crina de cavalo serve aqui, Qualquer pelo ou serda um pouco maior como essas pode fazer uma bonita grama para você

Para aplicar a grama, vou utilizar essa ferramenta própria para o serviço. Mas com um pinça, você consegue fazer o mesmo serviço.







Essa ferramenta agarra a crina e empurra ela pra dentro do isopor e da massa de terra.



É assim que fica um tufinho de grama espetado no diorama. Mas eu vou repetir o processo e espetar uns 20 tufos desses.

É assim que fica. Meio bagunçado, né? Um tesoura resolve o problema, podando o mato na altura e formato que vc precisa.


Mato cortadinho.


chegamos aqui até agora.
Agora vou fazer aquele latão que enrolamos mais cedo. Nele irei usar aquela técnica que eu ja ensinei de ferrugem, utilizando spray de cabelo de sal. Perdeu esse tutorial? Não tem problema, eu vou repetir ele aqui,



Começo aplicando um primer no latão. Esse primer, aplicado com aerografo, não pode ser qualquer primer. É preciso utilizar algum produto que adere em metal. Eu usei o primer poliuretano da vallejo, mas poderia ser um primer nitrocelulose, um primer gunze para photoeched ou um selador para metais.

Depois de deixar secar bem o primer, e geralmente esses primers para metal demoram um pouco mais para secar, vou pintar o latão de um marrom. Usei o Brown da tamiya, mas aí você pode usar a cor de sua preferência. Evite apenas as cores a base de agua, como acrilex ou a linha aquos da gunze.


Vou aplicar uma camada de spray de cabelo (isso mesmo, spray de cabelo, o laquê da vovó). 

 Mas eu não vou aplicar direto da lata. Vou despejar o conteúdo no aerografo, por um pouquinho (umas gotas) de agua, e aplicar uma camada generosa.


 Enquanto o spray de cabelo seca, jogamos sal de cozinha sobre a peça.

 Vou pintar esse "latão salgado" com alguma tinta, com as mesmas limitações que eu disse do marrom, evitando tintas muito reativas a água. Esse amarelo foi uma tinta duco Pr-colors. Também não não carregue muito a pintua, deixe ela falhada e irregular.

 Depois que esse amarelo secou, um pincel de cerdas duras e água. E vamos esfregar e limpar todo o sal do latão.






 assim fica o latão. Mais adiante, com tinta óleo, irei ressaltar e desgastar mais o latão, dando mais aspecto de sujeira.




Até agora chegamos aqui. Ta ficando muito interessante.

 Espetei o isopor em um palito de sorvete, e vou pintar o isopor de preto. Isso dá um visual interessante para modelo.

Parece ou não um Sushi? 

 Agora irei fazer uma camada de grama. Para isso irei sar grama estática de ferromodelismo, de marcas e cores diversas, e irei aplicar com verniz fosco acrílico, desses grossos que vendem em papelaria ou loja de artesanatos.

Aplico uma camada desse verniz sobre a massa de terra

 E despejo a graminha por cima enquanto o verniz não seca. O diorama pode ficar cheio de "pelinhos" de grama, não tem problema, onde não tiver o verniz fosco, a grama não adere. Então, depois de tudo secar, basta bater um ar ou espanar com um pincel que tudo que estiver a mais no diorama, vai acabar indo embora.
 Nunca uso uma cor só de grama, sempre uso um blending de cores, variando entre as mais verdinhas e as cores mais queimadas.
 

Muito pelos? Vou espanar um pouco, para termos a real noção de como está ficando.


Aqui está!! Até agora chegamos aqui.

 O mesmo efeito de musgo e mofo que eu fiz na cerca, vou fazer na nossa tabua falsa, para representar seu abandono nesse lugar já à algum tempo. Começo com o verde mais claro.
 Depois aplico o verde mais escuro. Exatamente o mesmo processo já feito anteriormente.
 Com um cotonete, vou tirar todo o excesso de tinta e deixa o efeito no estilo "filtro", ou seja, transparente.
 Vou fazer na tabua efeitos de escorridos de chuva e sujeira. Para isso, novamente utilizaremos tintas óleo. Começo aplicando pequenas gotinhas de tina na peça com um palito de dente.
 Com um pincel de qualidade e cerdas macias, eu espalho sobre a tabua.
 O mesmo processo pode ser feito no latão. Vou usar tinta óleo para fazer o escorrido de chuva no barril, também vou ressoltar as marcas de ferrugem e as linhas do vinco que geralmente esses latões tem.


Chegamos até aqui agora.


 Na sequencia irei esculpir uma pequena pedra utilizando um cortador de isopor. Você pode usar pequenos pedriscos que encontrar no quintal ou na rua, mas vou fazer questão de esculpir uma, para mostrar como é possível, e como é importante as vezes para adequarmos o objeto ao projeto.
 Aqui está a pedrinha. No tamanho e formato necessários para dar sequencia.
Pintei a pedra com uma cor acrílica no pincel. Importante fazer isso com pincel e não usar a tinta muito diluída para que a pintura ganhe tons não uniformes, e para que a tinta cubra os defeitos e bolhas do isopor.
Apliquei na pedra um washed tradicional, feito com tinta óleo marrom, daquele que você aplica normalmente nos seus modelos.

Com um cinza acrílico bem clarinho, farei um drybrush na pedra. 




Vamos deixar essa pedrinha secar um pouquinho, mais tarde iremos posicionar ela no diorama


Vamos fazer um arbusto. Vou usar como material essa malha de alumínio. Onde eu arrumei isso? Essa malha é a que blinda cabos HDMI. Desencapar cabos eletrônicos sempre rende bons materiais para usos diversos
 Eu vou organizar essa malha em um maço.
Para depois montar um arbusto com ele.
 Essa malha será os gravetos de um arbusto. Então é interessante pintar ele de verde escuro ou marrom.
 Vou ensinar agora um dos muitos meios de aderir as folhas ao arbusto. Alem de usar o verniz fosco como eu ensinei antes, podemos usar cola branca escolar ou de construção. No fundo as duas são a mesma coisa. Evite apenas usar cola de madeira no hobby, devido a sua coloração amarelada. Fora isso, cola branca é cola branca.
Para fazer as folhas, podemos usar desde materiais próprios para o hobby, como folhinhas desidratadas próprias. mas também é possivel improvisar com folhinhas secas de culinária, dessas que não custam nada no mercado, como oregano, salsa, tomilho e etc...


Esse é o resultado final do arbusto. Vale frisar que quando estamos retratando florestas, tanto equatoriais, tropicais ou europeias, quanto mais tipos de vegetação diferente conseguirmos imprimir no diorama, mais bonito ele ficará.




Agora irei ensinar a confeccionar uma pequena arvore. Arvores são difíceis de serem encontradas, por isso é importante que o modelista aprenda a fazer. São um pouco trabalhosas de serem feitas, mas vale o sacrifício. Para da inicio a nossa arvore, vc vai precisar de um maço de fio, no caso eu usei fios de cobre de resistência elétrica, mas qualquer fio metálico que possua alguma sustentação pode servir ao propósito.

pegamos esse maço de fios e enrolamos para formar o tronco.


Apos isso, você vai desmembrando o fio para ele ir formando os galhos secundários. Dobrar e enrolar as pontas de cobre ajudam pra formar os galhos terciários e para gerar a sustentação a copa da arvore mais adiante.


 Revista o tronco, os galhos primários e os secundários com fica crepe comum.
Agora iremos revestir esse galho com uma mistura de pasta de modelar e tinta acrílica.
 Pode revestir com a massa alisar muito, para que a mistura fita e massa de modelar dê a textura de tronco de arvore.
 A arvore fica meio monstrenga assim, mas não tem problema. A copa da árvore irá cobrir quase tudo.

Depois que a pasta de modelar secar bem sobre a arvore, podemos aplicar um drybrush com um tom castanho claro. Washed e efeitos com óleo são bem vindos tambem.
 Irei começar a fazer a copa da árvore. As folhas das copas respeitam a mesma regra dita anteriormente para os arbustos. Existem folhagens próprias para o hobby, exite os improvisos. Nesse eu vou no improviso. Farei uma cheirosa arvore de folhinhas de orégano (rs..).
Vou ensinar alguns métodos de fixação dessas folhas nas copas das árvores, todos válidos.
Para essa primeira camada de folhas, basta cobrir os troncos com cola branca e despejar as folhinhas.






Esse é o aspecto após o primeira de folhas. Para fazer a copa da árvore, é preciso aumentar mais

Uma forma de engrossar a copa é fazendo uma massa de cola branca com folhagem, fazendo uma goma espessa.
Essa massa de folhas com cola branca demora um pouco para secar, então tenha paciência para a hora da secagem. 
outra forma de dar volume a copa da arvore e fazer seus galhos menores é usando palha de aço ou esponjas naturais ou sintéticas. Nesse caso eu vou usar palha de aço mesmo, mas antes irei revestir com tinta acrílica.
Esse é o aspecto da palha de aço pintada. Você pode acrescentar folhas ou prender ao resto da arvore enquanto a tinta está úmida, assim a própria tinta ajuda a aderir as folhas. 

Quantidades generosas de cola branca ou verniz fosco ajudam esses maços de palha de aço a aderirem na copa da arvore.

Lembram do spray de cabelo do inicio do tutorial, da ferrugem? Pois então... está na hora de ele entrar em cena novamente. O spray de cabelo, usado com cuidado diretamente da lata, é um ótimo fixador de folhas para a copa de arvore.




Basta umidecer bem a copa da arvore com o fixador de cabelo. Seja generoso com a quantidade de spray, mas muito cuidado na hora da aplicação. Se for aplicar diretamente da lata, aplique de longe e com cuidado para que o spray não arranque nenhum detalhe do diorama e da arvore. Se pintou um medo de fazer isso, aplique despejando o conteúdo em um pote e utilize o aerógrafo ou pincel mesmo. 








 Com o spray de cabelo ainda úmido, despeje com a mão ou com pinças as folhinhas.
Nossa arvore vai ficar assim. ela fixada na base sendo espetada no isopor mesmo, e com um arremate de cola branca.


Vamos deixar essa árvore secar tranquila e vamos lidar com outros aspectos do nosso diorama. Vou incrementar ainda mais as vegetações da base.






Agora vou usar essa graminha da woodland scenics. Essa eu comprei pronta, mas se vc tiver pasciência de moer uma esponja de cozinha, você terá um resultado parecido.


Para aderir na base do diorama, usarei novamente o verniz fosco e m pincel. Essa grama eu irei fazer mais localizada que a outra, mirando em falhinhas, marcas ou buraquinhos na base. ótimo também para por na base das coisas, como no latão.

 Como a aplicação é mais localizada, vou usar a pinça e despejar nos lugares que eu desejar.

 Espalhando o matinho pela base.
 Hora boa para colar minha pedrinha no diorama. Ela já esta bem seca de toda a pintura que demos nela.
 Já aproveito para por uma graminha crescendo nele também.

















vou ensinar a fazer uma planta trepadeira agora. O processo é bem parecido com a fabricação da arvore. Comece enrolando uns fios de cobre.

 Pinte ele com uma tinta verde escura, de preferencia acrílica e grossa, e no pincel.
 farei a trepadeira subindo na lateral do latão. No latão, eu joguei uns pedaços de madeira que sobraram do scracht da cerca, para dar um aspecto de latão de lixo.
 Espetei a trepadeira bem rente ao latão. E joguei uma porção grande de wasehd na ripas dentro do latão.
 Para diferenciar um pouco dos outros arbustos, na folhagem da trepadeira, irei usar umas folhinhas ressecadas da woodland. Mas novamente, qualquer folhinha ressecada pode servir ao propósito.

 Essas folhinhas foram coladas uma a uma com super bonder, para que as folhas fiquem levantadinhas. É uma forma interessante de economizar as folhinhas e deixar as folhas mais eretas.






 De volta com as tintas óleo, vamos fazer uns efeitinhos na tabua.






 Vou acrescentar um nozinho mais queimado na tabua. Vou usar tinta óleo para fazer esse queimado na tabua.
 Com uma broquinha, fazemos um furo no meio do nó.
Mais um poquinho de óleo para dar o arremate.

Vou aproveitar essa base de madeira que tinha guardado em casa para dar um suporte no diorama. Irei colar com fita dupla face. Assim a base fica reutilizável para futuros projetos.

 Podemos brincar um pouco com os pigmentos ou com giz pastel. Um pouquinho de de pigmento preto naquelas ripinhas de madeira dentro do barril, para dar um aspecto de fuligem e queimado.

 Com um pigmento oxidado, irei texturizar ainda mais o latão.



com um pígmento bege, podemos ressecar ainda mais as madeiras do diorama.


















mais alguns pigmentos na tabua para simular outros desgastes






 Tiramos o excesso do pigmento com umas sopradinhas.

 Com uma tinta acrílica vermelha, podemos fazer algumas flores no nosso arbusto, ou até mesmo na arvore ou na trepadeira.







 Esse é o resultado final.














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Até a próxima