sexta-feira, 11 de julho de 2008

King Tiger, o rei sem reinado.


Alguém disse para os alemães durante a segunda guerra que “quanto maior, melhor”, e eles levaram a risca, mas na realidade as coisas não funcionam bem assim.
Em 1941, a Alemanha já possuía um colosso em sua linha de montagem, era o tanque Tiger. O Tiger era o maior tanque efetivamente produzido na guerra até então (existiam maiores, mas eram protótipos e acabaram não vingando). O Tiger era uma fortaleza sobre esteiras, seu nome soava nos frontes aliados como uma maldição, sua reputação era maligna. Um tiro de seu canhão de 88 mm podia rachar um Sherman no meio há mais de um quilometro de distancia. Era o pesadelo de americanos e ingleses. Mas a sua fama superestimava demais sua eficiência.
O Tiger tentou inovar demais, e acabou falhando em muitos aspectos. Ele era pesado demais, mesmo com aquelas enormes esteiras, atolava com facilidade. Seu motor, uma modificação de um motor de trator, era fraco demais para ele e trabalhava em uma rotação elevada demais para o serviço que fazia, dando muitos problemas. Os mecânicos chamavam o Tiger de “Relógio Suíço”. Parece bom, mas eles deram este nome porque só um relojoeiro conseguia entender sua mecânica. Cada peça de sua mecânica era única, não havendo duas peças iguais em sua mecânica. Uma peça que fora feita para o lado esquerdo não servia de jeito nenhum do lado direito. Alem disso, o Tiger era fabricado em mais de uma linha de montagem, e algumas partes do tanque mudava de uma linha para outra, tornando inútil à idéia de reaproveitamento de peças numa manutenção em campo. Não tinha jeito, se um Tiger desse problema, ele tinha que ser embarcado em um trem e ser despachado para Berlim.
Sua fama foi conquistada graças aos “heróis” que o pilotavam. Por ser uma arma cara, apenas a elite tinha acesso ao Tiger, “ases” dos tanques que conseguiam trabalhar com as adversidades e com as coisas boas que o Tiger tinha, como uma blindagem quase inexpugnável e o canhão mais letal já montando em um tanque até então.
Mas estes altos oficiais que comandavam os Tiger já estavam se irritando com as falhas de projeto do tanque, e usavam suas influências em Berlim para que algo fosse feito. Houve casos de devolução de Tiger por parte de algumas divisões Panzer, outras divisões não incluíam Tiger’s na guia de reposição, pedindo para que viesse em seu lugar o tanque Panther (antecessor do Tiger, mas considerados por muitos autores o melhor tanque da Alemanha na segunda guerra).
Em maio de 1943 iniciou-se uma licitação para a criação daquele que viria substituir o Tiger. A licitação pedia um tanque “pesadíssimo”, que comportasse a maior blindagem já vista em um tanque e o novo canhão de 88mm, o KwK43 L/71 da Krupp. Duas empresas entraram na briga, as mesmas que entraram na licitação do Tiger, e eram o estúdio de Design Porsche e a Corporação Henschel.
Ferdinand Porsche apresentou duas versões, modificações de seu chassi que já havia concorrido para ser o Tiger I e que eram usados nos canhões altopropelidos Ferdinand e Elephant. Este chassi foi considerado “revolucionário demais” pelo Waffenamt (setor de desenvolvimento armamentista alemão), temendo que o chassi Porsche se tornasse um estorvo ainda maior que o atual Tiger. A polêmica dos chassis Porsche era principalmente devido a sua transmissão. O enorme motor a gasolina de submarino era na verdade um gerador, assim como eles eram nos submarinos, que gera eletricidade para dois motores elétricos, ligados diretamente a roda dentada. Este é o sistema atual de muitas maquinas pesadas como tratores, escavadeiras, locomotivas e até mesmo tanques de guerra, mas em 1943 seria arriscar demais com uma tecnologia que estava dando seus primeiros passos. A intenção era das melhor, já que com isso, centenas de peças da transmissão passiveis a quebra seriam retiradas do tanque, e num futuro próximo, tal peso aliviado da transmissão seria compensado por baterias, assim o tanque poderia rodar por algumas horas com os motores desligados, tornando-se uma arma silenciosa para emboscadas (e isso realmente aconteceu, mas com tanques americanos e ingleses, logo após a guerra). Mas não havia na época motores elétricos eficientes e compactos para o serviço, nem uma forma segura de sincronizar o funcionamento dos motores, nem mesmo mão de obra qualificada para a manutenção em campo destes sistemas elétricos.
Ao contrario do estúdio de Porsche, a Henschel era uma grande corporação e estava mais interessada em criar algo menos revolucionário mas que ela pudesse produzir o quanto antes. Meses antes do inicio da licitação, a Henschel havia assinado um acordo com a MAN, empresa que fabricava o Panther, de ajuda mutua. Para o desenvolvimento do sucessor do Tiger (chamado provisoriamente de Tiger II mas que no final acabou ficando com o nome), a MAN cedeu a Henschel um chassi na qual ela estava trabalhando num projeto paralelo e independente, o panther II, que nada mais era do que o chassi do Panther redimensionado. A mecânica do Tiger II era tradicional, baseada na mecânica do Tiger I porem normatizada. O problema de incompatibilidade de peças foi (em partes) resolvido e o tanque recebeu partes iguais, como por exemplo a suspensão, que era feita toda com as mesmas peças, podendo ser intercambiada de um lado do tanque para outro, ou de um tanque para outro. E foi feito deste jeito todas as partes mecânicas do tanque. O motor era uma versão modificada do motor do Tiger I ausf.E.
Em outubro de 1943, o Tiger II da Henschel foi aprovado para a produção. Num acordo de cavalheiros, intermediado pelo governo alemão, acertou-se que quem fabricaria a torre o Tiger II seria a Porsche, mas apenas 50 Tigers II saíram com a torre da Posche por dois motivos. O primeiro era a complexidade de fabricação da torre. Ele possuía partes arredondadas e abauladas, características que prejudicam a produção em massa. Outro motivo era a parte dianteira da blindagem da torre. Ela possuía uma falha no projeto que fazia com que disparos inimigos que se chocassem com a parte inferior da blindagem fossem ricocheteados para a cabine no condutor. E realmente aconteceu, com dois tanques, matando o condutor e o “gunner” e imobilizando o tanque. Fora feita uma torre mais lisa para ele depois disso, que era mais rápida de ser produzida, mais segura mais utilizava 20% mais material do que a torre Porsche.
Em janeiro de 1944 este marco da engenharia já estava em produção. Logo que foi avistado pelos ingleses, ganhou um apelido de respeito, “King Tiger”. Estar dentro de um Tiger II era um dos lugares mais seguros de se estar no final da guerra. Apesar de enorme por fora, devido sua blindagem descomunal, ele era apertado por dentro, mas comparado aos tanques russos, era uma suíte cinco estrelas. Seu canhão foi um marco da engenharia balística. Era sem duvida o melhor, mais letal e mais preciso canhão empregado em um tanque da segunda guerra. Tinha um rendimento de energia de 86% (isto é, a energia aproveitada da pólvora da cápsula.). Para se ter uma idéia deste numero, o canhão do M1 Abrams tem 92% de rendimento. O enorme comprimento do canhão dava precisão e velocidade ao disparo até então inédito em um tanque de guerra.
Mas ele estava muito longe de ser eficiente como os projetistas os viam. As modificações no motor não bastaram, e o Tiger II era extremamente lento. Sua torre era pesada e lenta. Seu tamanho exagerado era um estorvo quando estava na retaguarda, tampando estradas e ruas, e não era nada discreto enquanto avançava. Seu canhão era perfeito ao disparar, mas pagava-se um preço muito alto ao ter que manobra um gigante com um canhão saltado três metros para alem do tanque.
Aqueles que sabiam utilizar o tanque o utilizavam como fortaleza móvel, passando dias parados em um mesmo lugar seguro e efetuando seus disparos a distancia. Aqueles que fossem mais destemidos partisse para o combate, conseguiria até algum êxito, mas logo entalaria em alguma viela ou em alguma arvore e seria consumido pelo enxame de tanques aliados. E isso foi o que mais aconteceu. As tripulações de Tiger II eram capturadas por infantaria a pé porque ficaram presos em arvores, em nos destroços das cidades, ou atolado. Na verdade, poucos Tiger’s II foram efetivamente abatidos, já que isso demandava artilharia pesada. Logo o Tiger II tornou-se um elefante branco ainda pior que seu antecessor.
No final, dos quase 450 produzidos, menos de cem sobreviveram. Dos capturados, alguns foram para estudos no Estados Unidos, outros viraram sucatas e foram derretidos. A União Soviética utilizou alguns para fazer uma defesa estática momentânea, mas logo descartaram. Dez deles foram vendidos, junto com outros restos de guerra alemães, a paises árabes que se reconstruíam, mas a manutenção era difícil, e em 1950, apenas os canhões e os rádios eram aproveitados destes tanques, o resto foi derretido.
Resumindo, o Tiger II nasceu para ser um sucesso, mas era um fracasso. Apenas os alemães o compreendiam, e as outras nações que puseram as mãos nele o achavam grande, complicado e caro demais. Hoje restam poucos Tiger’s II em algumas coleções, e até hoje eles impressionam pelo tamanho, digno de seu nome, King Tiger, mas foi um rei que não teve seu reinado.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Usando Vallejo, parte 2.

Bom, esta semana, eu já disse o porque de usar as tintas da Vellejo, agora irei dizer como usa-las.
Para usa-las com pincel não há mistério. Um gotinha de model color, a mesma quantidade de solvente, misturar e usar, e para limpar o pincel, álcool. O solvente da Vallejo é um tipo de resina, e esta a venda por ai, e ele é ideal, pois é muito próximo, se não idêntico, ao solvente original da tinta. Mas na falta dele, álcool comum ou isopropílico podem ser usados, mas sem o mesmo resultado no acabamento. Se a superfície for grande e você precisar de bastante tinta, eu recomendo o “slow dry” da Vallejo mesmo, que é o retardador para Vallejo. Eu recomendo muito este material já que a Vallejo é bastante volátil e seca bem rápido. É importante também tratar da superfície a ser pintada. Se o plástico estiver engordurado de suor, a tinta vai escorregar por ele, e você só vai conseguir cobrir a superfície usando uma diluição muito grossa, jogando o acabamento no lixo. É importante tirar a gordura do kit. Você pode usar um pano com um pouquinho de benzina, ou água com um pouco de detergente, ou só água. Eu costumo, com muito cuidado sempre, colocar o kit embaixo da torneira de água quente e lavá-lo devagarzinho. Eu recomendo também utilizar primmer. O primmer bem aplicado não significa pintar o kit com ele. Alem de desperdiçar primmer, ele funciona melhor para segurar a tinta quando é aplicado uma fumaça de primmer, deixando a superfície levemente áspera.
Agora, para usar Vallejo com aerógrafo, é preciso uma certa preparação. Para começar, o aerógrafo tem que estar absolutamente limpo, sem nenhuma resíduo de thinner ou água raz. A Vallejo não pode, em hipótese alguma, entrar em contato com o thinner dentro do seu aerógrafo. A tinta empelota toda dentro do aerógrafo, e a limpeza disto torna-se uma epopéia. Para que isso não aconteça, se você utiliza tintas com thinner no aerógrafo faça o seguinte: Limpe bem seu aerógrafo, como você faz sempre, limpando bem agulha e nariz do aerógrafo, usando thinner ou qualquer outro produto que você utilize. Em seguida, encha o copinho do aerógrafo com álcool e espirre ele até o fim. Repita isso duas ou três vezes para certificar-se que todo o resíduo de thinner saiu do aerógrafo.
A Vallejo tem sua linha para aerógrafo, o model air, mas a model color também pode ser usada em aerógrafo. Na verdade, as tintas tem como principal deferência entre elas apenas a diluição. Então, o que vele para uma linha, vale para outra, apenas a razão de solvente é que vai mudar. A razão da model air é de 1:1 de solvente, enquanto a model color e de 1:3 de solvente. Coloque primeiramente no aerógrafo o solvente (aquele de resina que comentei acima ou menos recomendável, o álcool), em seguida coloque a tinta no aerógrafo respeitando a razão acima. Coloque também uma gota ou mais do “slow dry” Vallejo e misture com um palito. O Slow Dry é muito importante devido a já comentada volatilidade da tinta. A Vallejo seca muito rapidamente dentro do aerógrafo, acumulando na ponta da agulha e nariz. O slow dry ajuda neste sentido, deixando mais fácil o acerto da tinta.
Na hora da pintura, retire a coroa da ponta do aerógrafo. Alem de conseguir um traço mais fino sem a coroa, a inevitável, mesmo com o slow dry, que a tinta seque na ponta da agulha. Ai quando isto acontecer, basta que você tire com um pincel ou com a unha mesmo a tinta que que se acumular ali. Vai acontecer, por isso é mais pratico estar sem a coroa do aerógrafo para facilitar esta limpeza.
Duas dicas muito boas.
1ª- Tenha sempre um pedaço de papel para treinar o traço. Por mais experiente no hobby que você seja, mas esteja começando agora com a Vallejo, você pode estranhar um pouco no começo.
2ª- Uma dica que vale para todas as tintas, mas com a Vallejo e bom sempre estar fazendo. Tenha um pedaço de plástico a mãos para teste. Pode ser um kit velho, sucata de kit ou até mesmo resto de arvore de kit. Teste sempre a diluição da tinto no plástico para não ter surpresas desagradáveis na hora da pintura, como gotejamento ou espirros de tinta.
Estas duas dicas são muito importantes para quem usa Vallejo, porque sua diluição não é tão imediata como as outras tintas. Talvez seja necessário um acerto, diluindo ou engrossando a tinta no aerógrafo. A faixa de diluição da Vallejo é muito tênue, e para alcança-la leva tempo.
A limpeza do aerógrafo tem que ser bem cuidadosa. Principalmente se você pretende usar thinner no mesmo aerógrafo logo em seguida. Retire bem a tinta, limpe com álcool em abundancia, e espirre pelo aerógrafo dois ou três copos de álcool como foi feito antes.
Me desculpem, mas hoje não teremos fotos. No próximo posto eu atualizo s fotos do king tiger e do sb-17 e estarei contando um pouco a história do king tiger, esta arma impressionante dos alemães mas que conquistou sua fama mais por seu tamanha e imponência do que por sua eficiência.
Um grande abraço a todos e uma ótima semana.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Usando Vallejo.



O trabalho prossegue. A SB-17 vai bem, a passos lentos, mas já esta 50% recuperada. Após ter perdido todos os scribs da calda recuperando-a, pela primeira vez na minha vida eu tive que pegar um kit emprestado para poder ter um gabarito. A única coisa que me motiva a continuar é a beleza do avião a paixão que sinto por ele. E para não perder o pique, mantenho meu kit coringa, o king tiger.
Ao iniciar a pintura, decidi que iria faze-lo apenas com Vallejo. Esta escolha não é absolutamente obvia, e pra quem conhece a tinta sabe porque. Não que a tinta seja ruim, não vem ao caso. Eu prefiro dizer que é uma tinta “difícil”.
Mas se é uma tinta “difícil”, porque usa-la? Temos tanta outras tintas tão mais fáceis de se usar!
No Brasil, até há alguns anos atrás, tínhamos um déficit de tintas para o hobby, uma crise. Tínhamos poucas opções. Havia um punhado de tintas das marcas de kit, como tamiya, gunze, model master, revell e humbrol, e mais as tintas feitas aqui a base de dulco ou laca. As tintas da tamiya são boas, por um tempo foram as melhores, mas a tinta grudava na tampa, que tornava o vidrinho quase impossível de ser aberto, e quando, depois de muito esforço e mão machucada, descobria o vidrinho seco. As tintas da gunze então, eu perdi todas que eu tinha por secarem. As tintas model master são razoáveis, algumas especiais eu gosto como as metálicas, mas eu já perdi tinta devido a ferrugem da tampa e alguns tons básicos são fracos. Já as tintas a base de dulco e laca feitas aqui, enquanto uma minoria é muito boa, a maioria é feita de forma amadora, com tons diferentes aos originais que imitam, alem de serem feitas com componentes de baixa qualidade. Tais tintas fazem sucesso pela facilidade de uso e acabamento, mas não podemos esquecer que tais tintas são tóxicas.
Apesar de estar proibido, as marcas de thinner (necessário para diluir a tinta dulco) ainda se utilizam de benzeno na composição, produto altamente tóxico, e para dar volume no solvente, misturam água na composição. A água não só torna o thinner pior. Quando se cavita o thinner na ponta do aerógrafo, a fumaça que se formar contem o benzeno misturado com água. Naturalmente, ao inalar benzeno “puro”, de imediato, alvéolos não absorvem o benzeno, por ser tóxico, vindo a ser absorvido só quando a quantidade de benzeno no pulmão for muito grande. Quando o benzeno vem inalado com água, os alvéolos absorvem esta água quase de imediato, tornando então, mais fácil a absorção do benzeno. Os thinners que contem benzeno são aqueles de odor forte, que costumam dar dor de cabeça e permanecem no recinto por mais tempo. Para saber se o thinner que você usa contem água, basta pegar um pote, colocar uma quantidade razoável (um dedo de thiner) e deixar ele ali por um ou dois dias. O thinner é muito mais volátil que a água, e assim como o álcool, se evapora rapidamente. Se o thinner for de boa qualidade, depois de um tempo o pote deve estar completamente seco, caso contrario, a água do thinner ficará depositada no pote.
E bom lembrar também que tintas automotiva (dulco e laca) contem metais pesados na composição, principalmente chumbo, e nem é preciso dizer o que isso acarreta, e que usar mascaras de pano não resolvem o problema, apesar de ameniza-lo. Tais mascaras são desenvolvidas para partículas sólidas, como fuligem, serragem, pó de gesso e de mármore. Para se trabalhar seguramente com tais tintas são necessárias aquelas mascaras que possuem filtro, e o tal tem que estar com a validade em dia.
Mas ainda não foi respondia a pergunta, porque usar a Vallejo então?
O mais obvio seria dizer que é a tinta de qualidade mais abundante no pais ultimamente. Sua importação é constante e a gama de cores é abrangente e supre qualquer necessidade do modelista. Duvido que o modelista que esta lendo agora nunca tenha ficado com um kit parado na bancada por falta de tinta, eu já fiquei.
A vallejo e uma grande marca de tinta para artes em geral, e a alguns anos ingressou no ramo do modelismo. A marca pesquisou a fundo as cores a serem produzidas, utilizando inclusive documentos recuperados da segunda guerra, de ambos os lados, para a confecção das cores, alem de terem como consultores grandes modelistas europeus.
A tinta é acrílica, pode ser usanda dentro de casa tranqüilamente. O pote rende muito, mais muito mesmo. Com poucas gotinhas você consegue pintar um kit inteiro. E um detalhe que para mim talvez seja o principal, você pode usar a tinta no aerógrafo e retocar a pintura com um pincel usando a mesma tinta, se haver problemas de mudança de tom ou falha no acabamento, e ainda por cima, você faz economia de espaço, já que o tubinho e pequeno.
Como monto no meu quarto, no frio não posso utilizar tintas a base de thinner porque a janela não pode ficar muito tempo aberta, então minha opção são as tintas acrílicas. Não estou abolindo as tintas dulco, apesar de ter falado tão mal delas aqui, mesmo porque as tintas acrílicas, principalmente a vallejo, são tintas que necessitam uma adaptação do modelista e não são práticas como a dulco. Mas espero que um dia eu consiga fazer tudo, ou quase tudo, com a vallejo.
Esta semana estarei dando dicas sobre o uso desta tinta, que é tão amada e odiada pelos modelisats.
Um grande abraço a todos e uma boa semana.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

King Tiger 1/72 Revell, o kit coringa.

Continuo com minha empreitada dupla. Com a SB-17, continuo lentamente, o kit é muito ruizinho, não quero ficar me estressando com ele, se não eu não vou termina-lo. Fica para uma próxima vez minhas criticas sobre o kit.
Eu quero falar hoje do meu kit coringa, o King Tiger 1/72 da revell. Antes mesmo de começar a pinta-lo, ele já esta na minha lista de melhores kits que eu já fiz. E o mais estranho é como o kit é tão marginalizado, ninguém conhece, é aquele kit que fica ali encostado um tempão na prateleira da loja esperando um comprador e ninguém leva. E é um kit barato, em torno dos quarenta reais. É uma boa relação custo beneficio. Os modelistas tem um pouco de receio das militarias 1/72 da Revell, e não é por menos. Esta linha da Revell é um juntado de kits antigos, kits novinhos como esse e antigos modelos Esci e MatchBox (1/76) que são ruins ( ruins por ser antigos, mas na época em que foram lançados, eram o que tinham de melhor). O modelista tem que ter cuidado se for atrás desta linha procurando bons kits, é preciso escolher bem. Por sinal, toda a linha Revell é assim. Não sei que tipo de acordo ela tem com as outras marcas, mas ela injeta, alem de kits próprios, kits da Dragon, Tamiya, Italery, Esci, Matchbox, Icm, Szveda, Heller e Hasegawa. Nesta bagunça toda, você pode conseguir um Dragon com preço de Revell, ou um Italery com preço de Revell. Pessoalmente, apesar de achar estranho, não vejo problemas. Gosto da Revell, é no geral, uma marca intermediária com preços justos, mas que tem em seu catalogo kits ótimos, e kits muito ruins.
Este “King” entra na faixa de “surpresas” da Revell. Não sei se é um Revell legitimo, acredito que sim. Ele e sua variáveis entraram na linha da Revell para substituir os antigos Esci, cada vez mais raros de se achar.
Eu gosto da escala 1/72, mas com militaria eu só tinha uma experiência. Foi um Ferdinand da Trumpeter. Quando este kit chegou, junto com o seu irmão gêmeo, o Elephant, houve um estardalhaço na escala. Isso porque os kits vinham cheios de peças, um caixa recheada de arvores e uma folha de Photoetched. Nada de anormal se fosse um kit 1/35, mas era um 1/72, num precinho ótimo, entre trinta e quarenta reais na época. Eu acabei ganhando os dois, e montei um deles, o Ferdinand. Foi um dos meus primeiros kits, o meu primeiro camuflado. Mas o kit foi um pouco decepcionante. A montagem tinha algumas falhas, sobravam algumas fendas e faltavam alguns encaixes, e aquele numero enorme de peças era apenas um “overpart” desnecessário. Mas isso foi pouco diante a uma falha “mortal” que rebaixou muito a imagem do kit. A esteira link-by-link possuía peças que não se encaixavam, peças que pareciam que estavam no kit errado, totalmente fora dos padrões das outras peças. Um desastre! E na época não tinha muito desenvoltura para contornar esses problemas, e o kit acabou ficando bem montado, bem pintado, mas com a esteira torta e mal montada.
Aparentemente, o King ta Revell, um kit que ninguém sabe quando apareceu e que não causou estardalhaço nenhum, é impecável em sua montagem, e até agora, nenhum problema. Espero não morder minha língua um dia.
Um grande abraço a todos e uma boa semana.

domingo, 15 de junho de 2008

Retomando Antigos Projetos.




Agora é oficial, até agosto estou de férias. Tirando um servicinho ou outro que terei de fazer, terei um mês e meio de ócio para me dedicar ao Hobby e a este blog. Estou preparando um post muito legal falando sobre motores da aviação, desde a primeira guerra até os dias de hoje, algo bem geral mas muito legal. Também teremos novidades no blog, com a participação de Marcelo Guerra produzindo matérias sobre o seu trabalho.
Estou retomando projetos inacabados. Um é a SB-17, que estava montando e parei para fazer o Corsair II, e outro é um King Tiger 1/72.
Vou começar falando da SB-17. A SB-17 1/72 academy é um kit antigo e único. A academy e uma das marcas que dominam este nicho de aviões grandes na escala 1/72, em sua maioria com kits antigos e já muito ultrapassados. É um mistério como aviões importantíssimos e adorados, como o B-17, não possuem boas alternativas de kits. Já o SB-17 então... . Para quem não conhece, a SB-17 é um variante da B-17 para resgate marítimo. Foi concebida com o que tinha de melhor na época em termos de radar embarcado, localizadores e navegadores. Ao invés de armamentos, carregava um bote de resgate em sua barriga. Não possuíam as famosas torretas do B-17, e com isso, alem de alivio no peso, o arrasto do avião diminuía fazendo com que o SB-17 fosse mais rápido e de maior autonomia que seu irmão de guerra. Foi desenvolvido durante a guerra, mas esteve em serviço na América até 1970, e em outros paises até os 80. Nesta época, os helicópteros já estavam bastante evoluídos e dominaram o ramo de resgate marítimo. Apesar de desconhecida pela grande maioria, foi a variante da B-17 mais vendida para outros paises no pós-guerra. O Brasil teve alguns, e outros paises como Argentina, Itália, Inglaterra, Japão, Austrália, entre outros, também tiveram os seus. O procura era tanta entre 1945 e 1950 que a Boeing, ao invés de produzir novos aviões, reformava aviões das versões de bombardeio que não haviam lutado na guerra. Porem a produção não durou muito porque a Boeing precisava de suas instalações para produzir os novos aviões, e não havia baixas para ele, por isso as aeronaves que foram produzidas nos anos 40 eram as mesmas que foram aposentadas nos anos 70.
O avião era muito bom. Já o seu kit da academy... O kit é ruim, e o que eu estou montando ainda veio envergado! Só consegui concertar cerrando a cauda e reposicionando, e mesmo assim, alem do trabalho enorme que o kit esta me dando, eu perdi todos os scribs da calda. Mas acredito que valha a pena, já que o avião é muito lindo.
Já o King Tiger 1/72 revell é um verdadeiro coringa. É aquele kit que fica ali no cantinho da loja, até que num precinho bacana, mas ninguém liga pra ele. O que as pessoas não sabem é que se trata de um kit muito bom e moderno. O molde é de 2002, e substituiu os antigos kit 1/72 da esci. O grau de detalhamento é altíssimo para escala, e as peças encaixam com perfeição. A esteira e link-by-link e o kit possui uma inovação que todos os modelos modernos de militaria deveria ter, até os 1/35. A lateral inferior do hull onde fica as rodas e suspensões é separado do kit para que você acente as rodas e a lagarta separadamente do kit. Isso facilita muito a montagem! Este kit eu havia começado a montar com um amigo meu, o Marcel, tentando inicia-lo no hobby, mas ele não teve muita paciência e acabou desistindo. Isso já faz um tempo, e o kit tava encostado, e agora eu estou dando um trato nele quando eu me canso da ruindade do SB-17. Durante as férias vocês vão acompanhar os avanços nestes dois kits.
Já falei demais. Um grande abraço a todos.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Day after, um pequeno adendo após a convenção.

Ontem, ao chegar em casa sem nenhuma medalha, meu irmão me perguntou: Vale apena correr tanto com o kit, deixar de sair, faltar em compromissos para terminar um kit em um pouco mais de um mês para leva-lo em uma convenção e não ganhar nada? Minha resposta foi: Valeu, e valeu muito. Competir com modelistas tão consagrados e com modelos tão bonitos só pode engrandecer uma pessoa, por mais que não se ganhe nada. Simplesmente adorei. O nível da aviação estava muito bom. Ontem foi o dia de modelistas consagrados se consagrarem ainda mais! O nome do dia, na minha opinião foi o de Paulo Rago, sem tirar mérito de outros nomes, como o De Martini, Gunter, entre outros. Paulo Rago, a quem conheço a alguns anos e considero um bom amigo, foi brilhante. Não teve ninguém que não tivesse parado pelo menos um minutinho defronte ao seu belíssimo B-17, alem de seu Stuka, e o Camberra, ao qual, muito justamente, não venci. Alem de suas parcerias com o Luigi e com o Kevork, ambas muito vitoriosas. Luiz e Rago a muito tempo dominam a seguimento de aviação Italiana 1/72, com trabalhos riquíssimos em kits assombrosos! A parceria Rago e Kevork tambem vem sendo muito vitoriosa. Até então, tal parceria havia nos proporcionado os mais belos aviões japones 1/48, e ontem a dupla arrasou com um c-119k, que apesar de não ganhar medalha por falta de categoria, ganhou como a melhor aviação da temática Vietnam. Isto prova que este preconceito dos modelistas em criticar duplas de modelistas não passa de inveja. Sempre montei sozinho mas sempre fui a favor de as duplas se assumirem. O hobby não é obrigatoriamente singular, onde ser coletivo tambem. Cansei de ouvir criticas da dupla Luiz-Rago. Paulo Rago nunca teria feito aquelas beas pinturas nos aviões italianos do Luiz se ele não tivesse lixado e montado aqueles kit horriveis que os dois montam. A mesma coisa com Kevork-Rago e Kevork-Guerra. Na minha opinião, o mal entendido e o mal estar ocasionado na entrega do melhor avião da temática foi muito desnecessária. Com certeza, alguem mal intencionado ciente do caso, cantou a bola para a organização dizendo que quem havia montado o c-119 foi o Paulo Rago, e não o Kevork. Instantes depois, Kevork teve que subir ao palco para receber o mesmo prêmio. E porque não subir os dois no palco, afinal foi a dupla que montou. É muita hipocrisia. Outros modelistas recebem o kit montado, e depois só pintam. Não há problemas nisso, o cara gosta de pintar e pinta bem, mas ele não quer montar, não gosta, qual o problema nisso? Qual o problema em dois modelistas quererem se unir em prol de ter um modelo campeão? Se o cara que montar sozinho tudo, como eu, e quer competir, o problema é dele! ( e meu tambem). Não formou uma dupla com um colega modelista porque não quis. O best-of-show deste anos foi feito a quatro mãos, um casal, que pessoalmente não conheço, que se unem para fazer um excelente trabalho, e devem continuar, porque estão fazendo um ótimo trabalho, e anda vão ser muito premiados! Abaixo ao singularismo forçado! As pessoas montam como, onde e com que quiser, e quem achar ruim, que arrume um parceiro e saia desta toca escura em que se esconde montado. Detalhes que gostaria de lembrar da convenção: A briga entre dois Fw-190 montados com um mesmo propósito, todo aberto, aquele avião de reabastecimento apoiado sobre uma cabine de b-52, aquele lindos Mig-21 “terceiromundistas” que apagaram a presença do meu corsairII ( fiz questão de cumprimentar o modelista ao qual também não conheço, montar mig-21 russo ou chines não ta com nada), o catalina chegando na praia, o diorama do meu grande amigo Afonso também na temática Vietnam, um pequeno diorama do B-25 que estava maravilhoso, os poucos porem fantásticos helicópteros, os maravilhosas militarias do meu amigo Giuliano, sempre humilde com aquele papinho “mas meu kit nem tava tão bom, eu ache que tinha melhores”, entre outras coisas. Agora temos Santos e Campinas, e a vida continua. Já falei muito. Um grande abraço a todos.

sábado, 7 de junho de 2008

Obra Finalizada!



Depois de um pouco mais de um mês, um tubo de bonder, um gasto aproximado em 100 reais (sem contar o kit) boas e más experiências com o kit, finalmente terminei. Finalmente nem tanto, afinal, um mês para um kit é pouquíssimo tempo. Houve uma época em que eu era um pouco mais rápido, e menos detalhista, em que eu conseguia fazer até um kit e meio por mês. Agora, eu curto mais os kits, me apego mais aos detalhes e viso também ganhar uma medalhinha ou outra nas convenções, afinal nada é melhor do que ser recompensado por seu trabalho. Mas também não vivo disso. Acredito que meu trabalho seja bem mediano e nem sempre as medalhas vem para mim. Mas ao contrário da grande maioria das pessoas, eu gosto de ouvir críticas, principalmente quando esta vem dos grandes mestres do plastimodelismo. As criticas me ensinam e me motivam a estar sempre melhorando em relação ao meu trabalho. Agora esta na hora de por meu trabalho em cheque!
Faz quase um ano que não participo de uma convenção. As convenções do GPPSD são sempre na época de provas finais da faculdade, e tive que abdicar da ultima em dezembro passado. As de fora de São Paulo eu vou quando tenho grana, e isso é muiiiito raro. A ultima da baixada santista não fui para terminar o Corsair. E é dele que vamos falar agora.
Este é o primeiro kit terminado aqui no blog, e vou fazer uma avaliação final dele como pretendo fazer com os próximos.
Partindo do principio. O kit começa a cativar dentro da caixa. Bastante arvores e peças para um kit 1/72 e uma riqueza de detalhes de scribs que faz inveja até pra kits 1/48. O plástico e de boa qualidade, fácil de trabalhar, com boa ductibilidade e elasticidade mas sem ser quebradiço, digno desta nova geração de poliestirenos que encontramos nos kits modernos, porem fica a ressalva, e bom maneirar no thinner, da para usar mas se não for bem feita a diluição da tinta, o plástico vai arrepiar bastante, diferente de alguns poliestirenos antigos mais resistentes ao thinner.
A junção da fuselagem não traz muitos problemas, alem do básico como perda de scribs e rebites, coisas normais de todos os kits, bons ou ruins. O interior do cockpit peca. Existe detalhes muito bem feitos que somem depois de montado e outras coisas importantes como os painéis simplesmente não existem, nem mesmo em decal. A solução é utilizar photoetched do kit da italeri. Não sei se há uma folha de photoetched própria do kit, pelo menos não achei na época em que procurava, mas com algumas adaptações simples na folha da Eduard feita para o kit da italeri, e possível deixar o interior do avião maravilhoso.
Todas as peças do kit, com pouquíssimas exceções, possuem seu encaixes corretos, ocasionando um fácil posicionamento destas, economizando muito do nosso tempo. Apesar de ter usado apenas algumas partes, a folha de decal, alem de muito bonita, é de excelente qualidade. As caixas de roda e os trens de pouso possuem uma certa dificuldade, mas as peças são bem feitas e todas encaixam. Os armamentos vêm em quantidade superior a necessária e é possível escolher a configuração delas no avião. O Canopy é bem feito e tem seu encaixe no avião mediano, poderia ser melhor, mas não chega a ser um defeito.
Concluindo:
Pontos positivos: Kit moderno com ótimos encaixes e bem detalhado.
Pontos Negativos: Falta de painel e o manual é meio confuso.
Nota de 0-10: 8,5.


Vou concluindo por aqui agradecendo aos meu grandes amigos, Kevork por tudo que ele fez, patrocinando e incentivando a montagem deste kit, e ainda por cima me emprestando a maquina fotográfica, muito obrigado Kev, esse kit foi pra você, e Marcelo Guerra, esse monstro do plastimodelismo, do qual tenho o enorme prazer de dizer que sou amigo, foi o cara que me ensinou 99% do que eu sei sobre plastimodelismo, e que ainda por cima identificou uma falha no acabamento do avião na ultima hora e me ajudou acertando. Em breve, e com orgulho, Marcelo Guerra estará por aqui abrilhantando este humilde blog. Um grande abraço a todos que me apoiaram, me criticaram ou simplesmente não me atrapalharam, e em breve, teremos um SB-17 e um BF-110 por aqui. Até a conveção.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Quase pronto.




Antes de começar, gostaria de me desculpar com meus poucos porem fies leitores sobre o meu atraso nas postagens, mas é que a correria de fim de semestre me pegou. Prometo ser mais regular durante as férias.
Ontem, em uma passada rotineira pela HO conheci o novo modelo de aerógrafo da segwaya. O modelo que imita o antigo aerógrafo pache chegou custando por volta de 350 reais e vem bastante completo, com mangueiras, agulhas de tamanhos diferentes e copos. Ideal para trabalhos mais pesados, como a pintura de cascos de navios. Pra quem gosta vale a pena dar uma conferida. Chegou também os novos compressores da marca, portáteis, conhecidos como "porquinhos", mas estes eu analisarei em outra ocasião.
A convenção esta logo ai. Minha inscrição esta feita, agora é um dever moral terminar o Corsair. Também levarei o sturer Emil e um stuka g-1.
Bom, tenho mantido o trabalho no Corsair, mas estou na parte chata de acabamento e sem uma boa máquina fotográfica, não é possível relatar com imagens o avanço no kit. Mas em fim, vamos lá.
O washed foi feito, e ficou muito bom nos grossos scribes do avião. O canopy foi feito e relatei que ele se encaixa perfeitamente na fuselagem, isso é ótimo. Todos o conjunto de armas também esta feito. O avião esta em fase final de acabamento e espero que esteja pronto para domingo, dia da convenção, afinal ele já esta inscrito.
Bom, tentarei postar mais uma vez antes da convenção, mas não posso garantir. Então, em todo caso, para meus colegas modelistas, até domingo.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Bastante Trabalho.



Não tenho escrito muito nestes dias, mas não quer dizer que não tenha trabalhado bastante. O tempo corre, a convenção esta chegando, e minhas provas finais também!
Trabalhei bastante antes de viajar no feriado, descansei, e voltei preparado para trabalhar muito no kit. Terminei os dois tons da pintura e após terminar o tom de cinza, a impressão que deu era que ele estava escuro demais. Mas após desbota-lo um pouco com o aerogreafo, o tom ficou bem legal. Os decais do kit são de muito boa qualidade, e os que comprei da CAMpro também são muito bons. Montei o kit sobre o trem de pouso, e agora estou montando as tampas do trem de pouso. Vou voltar ao trabalho, as fotos falam por si!




domingo, 18 de maio de 2008

O Tranca Kit ataca novamente!!!


Esta semana pude trabalhar menos do que gostaria. Final de semestre é sempre uma correria danada na faculdade. Mas fiz força e mantive pelo menos uma horinha diária de trabalho.
Durante a semana iniciei a pintura do avião. Comecei por baixo, utilizando a cor insígnia White. Dentro das caixas de roda utilizei branco fosco. A diferença é pouca, mas é visível, então vale a pena mudar o tom de branco da fuselagem para a caixa de roda. Iniciei também a pintura da parte superior, utilizando um tom de Gull Grey.


Este fim de semana foi de tremendo azar e atrasos neste projeto. No sábado, organizando as peças para a pintura, dei por falta de uma porta lateral do avião. Procurei, procurei, procurei. Perdi por volta de uma hora tentando achar a peça. Achei ela no dia seguinte, depois de ter desistido de procurar. Já havia dito em um post anterior sobre o encaixe dos profundores. Pois é, os dois caíram ao mesmo tempo, sozinhos. Tive que pino-los, perdi mais um tempo corrigindo isso. Um problema que havia acontecido comigo uma vez montando um fujimi, aconteceu novamente, no sábado. Um parte da junção da fuselagem se acentou, fazendo aparecer de novo a junção das fuselagens, jogando fora toda a lixa, massa e tinta que já havia entrado ali. Senti que naquela região, atrás do cockpit, havia um certo jogo, um barulhinho quando apertava ali. Se apenas pusesse cola por cima, não iria adiantar muito. Para resolver o problema, eu fiz pequenos furos onde as fuselagens se juntam, preenchi com cola e fiz o acabamento. Mas não foi tão simples. Eu arrumei a “estrutura” local, mas ao preço de ter que refazer vários scrabs, passar massa, lixar, dar primer, lixar mais... É não acabou por ai. Trabalhando no avião, dei por falta de uma peça que fica embaixo do leme do avião. Mais uma hora procurando, mas essa eu não achei.
Não sei o que fazer a respeito ainda. Estou tentando entrar em contato com a Hobby Boss, mas não estou conseguindo. Por enquanto, vou continuar nele mesmo assim. Espero que ache a peça ou alguma outra solução.


Isto tudo é obra de um Exu, que nem mesmo os pais de santo conhecem. É o Tranca Kit, uma alma do mal que atrapalha os modelistas. Este fim de semana ele estava comigo! Amanhã pela manhã vou procurar alguém para fazer um descarrego, porque tinha tudo para estar já no acabamento deste avião, mas ainda estou na pintura.
Uma boa semana a todos, e Sarava!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A pedidos.

Esta postagem extra vai para meu amigo Marcel, que me pediu panzers!!!!






Marcel, um abraço!

Fim de semana produtivo.



Fim de semana de Dias das Mães, friozinho, pouco dinheiro, nada melhor do que sentar e trabalhar em um bom kit. E foi isso que fiz. Trabalhei nas emendas de fuselagem, um trabalho chato que todos os kits dão. A diferença entre um kit bom e um kit ruim é o tempo que se leva para tapar as emendas. Apesar de esperar um encaixe melhor, as emendas logo sumiram.


Colei algumas peças que faltavam na fuselagem, como o bocal do canhão e a protuberância da parte traseira. Existem dois detalhes que vão na lateral na fuselagem, perto das caixas de rodas (não sei bem pra que servem no avião de verdade), que não possuem os furos para serem encaixados. O manual não diz nada sobre furar a fuselagem,mas há umas marquinhas na fuselagem para que seja furada, mas mesmo assim, não existe marquinhas para todos os pinos da peça. Não chega ser uma “catástrofe”, é apenas para quem for montar ficar atento.


Colei também os profundores e asas. Os profundores encaixam na fuselagem apenas por um pininho, para quem queira ajustar a posição dos profundores, e é difícil acertar a angulação nas pás. As asas necessitam cuidado na hora de acertar a angulação também, porque elas não se moldam direito a fuselagem e cada asa pode se acomodar de um jeito diferente. O friso que se forma pode ser preenchido com um putty leve. No caso, continuo usando o putty Valejo.
Voltando ao caso do bf-110, parece que meu “mecenas” vai me contribuir com um kit. De antemão já agradeço DENOVO ao meu grande amigo Kevork.
Por hoje é só. Uma boa semana a todos.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Fechando a fuselagem.

O kit esta fluindo bem, e mesmo com uma semana agitada, consegui, com poucas horas por dia de trabalho, prepara-lo para fecha-lo. O kit é bom, então a montagem flui bem.
As peças encaixam muito bem na fuselagem. A junção da fuselagem é mediana. Na parte de cima, o kit encaixo muito bem, na parte de baixo já tive que usar um pouco de força. A caixa de roda traseiro é alguns milímetros maior do que o lugar onde ela vai encaixada, forçando assim os lados da fuselagem na sua região. Nada de muito grave. Pra quem ta acostumado a montar “tranqueira” como eu, tira isso de letra.
Até agora, usei a cola extra thin tamiya para as partes da fuselagem e o putty da valejo para as pequenas falhas e desníveis. Devem perceber que não usei nada de forte e agressivo como Bonder ou Green Putty ainda, mas ainda não lixei completamente. Mas acredito que não haverá mais complicações a respeito.
Ontem a noite, também, aproveitei um tempinho que eu tinha, enquanto a cola da fuselagem secava, adiantei para trabalhar nos trens de pouso e asas. O trem de pouso dianteiro pode ser montado com antecedência (mas colado ao avião), já o traseiro, não recomendo. Eu apenas trabalhei nas peças. Para acertar seus braços é preciso monta-lo no avião, e isso é só para frente.

Hoje, ao me encontrar com meus amigos Kevork e Marcelo Guerra na HO, foi proposto um novo projeto para depois da convenção do GPPSD. Cada um irá montar um bf-110. Sempre que há esses acordos, eu acabo sendo o único que alcança a meta, assim como foi com o P-51, JU-88 e o ultimo que hera fazer alguma coisa na neve (eu fiz um Flackpanzer IV caiado que esta pronto, mas ele ira em um diorama que ainda não esta pronto, por isso, desse projeto eu não posso falar muito), mas mesmo assim eu me divirto muito, e acabo entrando na brincadeira. Por isso, aguardem um bf-110 para os próximos meses. Aceito sugestões para escala, kit e versões.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Interior e cockpit.



A principio a kit impressiona. Ao começar a retirar as peças das arvores para montar o interior, nota-se a qualidade que o kit é feito. As caixas de roda são ótimas, ricas em pequenos detalhes, e nos primeiros testes que eu fiz, senti que encaixam bem sem muito esforço. A saída da turbina, em duas peças, é simples, mas tem tudo que precisava ter.
Já o cockpit é um paradoxo. É muito bem feito, tudo em escala, com detalhes legais como os trilhos do sistema de injeção e o anteparo atrás da cabeça do piloto detalhado com cabos e rebites, porem nenhum painel. Nem mesmo em decal.



É comum em kits 1/72 que não haja painel em relevo, e sim um decal com o desenho do painel. Esta ferramenta eu considero muito válida. Para escala já o suficiente, fica um efeito bem legal. A ausência desta considero uma falha.
Antecipando-me ao problema, eu providenciei photoetched da Eduard. Apesar da folha ser para o kit da Italeri, os detalhes serviram muito bem para o kit.
Tirando a falha do painel, tudo esta correndo bem com a montagem. Todas as peças até agora encaixaram muitíssimo bem.


quarta-feira, 7 de maio de 2008

A-7e 1/72 HobbyBoss, as primeiras impressões.

É o meu primeiro HobbyBoss, e vem em circunstancias na qual não gosto de trabalhar.
Há algumas semanas, fui questionado pelo meu amigo Kevork se possuía algum kit Vietnã, que e o tema da convenção do GPPSP agora de julho. Não tinha, e já estava trabalhando em um kit muito ruim, uma SB-17 academy. Porem ele insistiu que eu montasse um Vietnã e acabou me patrocinando nesta empreitada. Agora tenho um mês para termina-lo. Os kits da HobbyBoss ainda não chegaram ao Brasil, mas eu achei este na seção de consignação da HO, acabei levando.
Já tinha lido muito sobre os HobbyBoss, que eles eram ótimos, muito bem feito em moldes novos e cheios de detalhes. Li uma coluna falando do A-10 1/48, eleito um dos melhores lançamentos de 2007, e fiquei muito interessado.
Ao abrir a caixa, já se tem boas impressões. Bastante peças, bastante delicadas e bem feitas, e a fuselagem muito bem detalhada, com compartimentos abertos, rebites e scribes bem feitos e visíveis. A folha de decal é bonita, mas não havia versões do Vietnã, mas resolvi o problema comprando uma folha de decal da CAM. Também adquiri photeched e mascaras da Eduard.A primeira impressão foi ótima.